A família é uma parceira muito importante para a escola, já que ela garante que tudo que é trabalhado terá continuidade em casa, onde o aluno passa a maior parte do seu tempo. Mas esta é uma realidade que se altera cada vez mais.
Primeiro que esta parceria, apesar de continuar importante, já não é tão real, visto que não encontramos pais ou mães dispostos a um convívio intenso com a escola onde o filho estuda, talvez um ir deixar ou buscar, quando não é feito por parentes, amigos ou transporte escolar. Isto se torna notório numa reunião onde os poucos constantes são os que aparecem, tornando quase impossível de falar com aqueles pais nada ou pouco acessíveis, mas que têm filhos que denotam uma atenção especial.
Segundo que garantir a continuidade do trabalho está difícil num ambiente não escolarizado, não letrado, onde o livro é um objeto sem prestígio algum. Esta é a realidade de muitas famílias onde nossos alunos estão inseridos e esperar que o trabalho seja também ali realizado, é meio que inapropriado.
Terceiro este passar a maior parte do tempo já foi fragmentado. Os pais desejam que seus filhos estejam em algum lugar, menos em casa. Eles já não estão. Daí ou a escola assume o papel ou a rua pode fazê-lo com toda a competência. Assim crianças e adolescentes passam muito tempo fora de casa.
Vemos, portanto, que cada vez mais a escola está assumindo os papéis dos pais, do lar, da casa, do psicólogo, do amigo. E sorte da criança ou do adolescente, quando isto acontece. Caso contrário, alguém irá fazê-lo e talvez o resultado não seja bom.
A escola necessita da parceria familiar, mas, quando não acontece, tem que assumir o papel. E não adianta um discurso de que não deveria ser assim, porque quem vai ficar sem referência são alunos que, muitas vezes só passeiam, lêem e recebem limites no ambiente escolar. Pelo menos nele, felizmente!
domingo, 14 de março de 2010
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